Segurança de sistemas não é só checklist. É cultura, mentalidade e estratégia. O melhor sistema de segurança — aquele que evita perdas financeiras e de reputação — não é apenas reativo, mas sim resiliente.
No mundo hiperconectado de hoje, mesmo times sofisticados estão sujeitos a ataques cibernéticos devastadores. Empresas perdem milhões com chaves de API expostas, ataques de ransomware e fluxos de dados sensíveis mal gerenciados.
Mas como construir um sistema capaz de evitar brechas antes mesmo que elas surjam?
Assuma que existe uma Brecha. Verifique tudo. Minimize a exposição.
Nunca confie cegamente. Sempre verifique.
Uma arquitetura de segurança moderna deve partir do princípio de que qualquer requisição pode ser hostil.
A arquitetura Zero Trust vai muito além de autenticações ou firewalls. O objetivo não é dificultar processos, mas controlá-los de maneira inteligente e eficiente.
Cinco perguntas ajudam a gerenciar sua infraestrutura Zero Trust:
✅ Quem tem acesso? Está usando apenas o mínimo necessário (least privilege)?
✅ Quais dispositivos têm acesso? São verificados em cada ponto de controle?
✅ Onde está acontecendo a conexão na rede?
✅ O que está sendo acessado — aplicativos, APIs ou arquivos?
✅ Por que esse acesso é necessário? Seus dados estão protegidos com criptografia, tokenização ou controles rigorosos?
Você não precisa de cinco ferramentas diferentes para responder essas cinco perguntas.
A Axway, por exemplo, é uma das melhores empresas do mercado que oferece uma camada única de segurança e governança através do Axway Managed Cloud.
De forma nativa, clientes da Managed Cloud contam com uma solução única que habilita a arquitetura Zero Trust, oferecendo tranquilidade para as empresas se concentrarem no seu core business.
Descubra. Valide. Proteja.
92% das organizações utilizam APIs para se conectar a parceiros, clientes ou serviços internos. Mas apenas uma pequena parte delas consegue detectar e monitorar de forma eficaz seu inventário de APIs e o uso real que está acontecendo.
Quase metade das empresas cita o “API Sprawl” como sua maior preocupação em segurança.
As ameaças geralmente vêm de APIs que você não vê e não consegue gerenciar, como:
- Zombie APIs (APIs antigas, mas ainda ativas sem uso declarado)
- Shadow APIs (APIs criadas fora do controle oficial)
- Legacy APIs (APIs legadas não desativadas)
Essas APIs agem como portas destrancadas e sem vigilância, prontos para serem exploradas. São brechas de segurança esperando para acontecer.
A boa notícia? Esses riscos podem ser eliminados. Tudo começa com três verbos simples: Descobrir – Validar – Proteger.
Com o Axway Amplify, por exemplo, você faz tudo isso numa única plataforma.
- O Amplify varre seus ambientes para identificar todas as APIs ativas, em qualquer infraestrutura (on-premises, cloud ou híbrida).
- Após a descoberta, ele valida as APIs e permite descartar as desnecessárias ou aplicar políticas centralizadas, como OAuth 2.0, validação de schema, rate limiting e muito mais.
- Finalmente, protege seu ecossistema com tokenização em tempo real, restrição de IPs, detecção de anomalias de volume e limites de uso.
O Amplify entrega visibilidade total sobre quem usa suas APIs, quando e como.
Contexto, padrões e tempo de resposta
As brechas de segurança nem sempre acontecem instantaneamente. Muitas das invasões mais graves passam despercebidas durante semanas ou até meses.
A média global para identificar uma violação é 204 dias — e ainda leva mais 77 dias para contê-la. Estamos falando de mais de 9 meses de impacto financeiro e reputacional.
Detecção de ameaças exige inteligência, não apenas trabalho pesado.
- Vá além de alertas simples. Pense em contexto.
- Analise padrões de comportamento.
- Minimize o tempo de resposta.
Estabeleça uma linha de base do comportamento normal:
- Para APIs → quem acessa o quê, quando e com que frequência.
- Para MFT → qual o volume padrão de arquivos trocados com cada parceiro.
Saber o padrão normal facilita identificar anomalias, como picos súbitos de acesso, tentativas de autenticação falhas ou padrões incomuns de uso.
A detecção de anomalias unificada permite correlacionar diferentes sinais incomuns. Quando diversos indícios convergem, você pode estar diante de uma violação em andamento.
Você não está sozinho
Sua segurança é tão forte quanto a sua integração mais fraca.
Proteger apenas o seu ambiente interno não basta. É fundamental proteger também toda a sua cadeia de suprimentos digital.
Basta uma única porta destrancada para que um invasor entre — e essa porta muitas vezes vem de integrações de terceiros que parecem confiáveis.
Algumas recomendações para mitigar riscos:
- Monitore continuamente as integrações com parceiros, assim como monitora usuários internos.
- Exija de seus parceiros bill of materials de software (SBOM) e visibilidade sobre suas APIs.
- Utilize dashboards para acompanhar quem movimenta dados, onde e por quê.
- Atenção redobrada com arquivos e drops de API vindos de terceiros, pois geralmente têm menor visibilidade e são as áreas mais vulneráveis.
Não existe uma bala de prata para blindar completamente seus sistemas digitais. Mas essa estratégia fortalece seus fluxos de dados mais críticos.
Seja para proteger seus próprios sistemas ou suas integrações com parceiros, seguir estes pilares ajudará a construir um sistema de segurança verdadeiramente resiliente, não apenas reativo.
Autor
Arun Dorairajan
Diretor Sênior, Consultoria de Pré-Vendas