A transformação digital avança em ritmo acelerado no Brasil, mas muitas empresas ainda enfrentam um desafio crítico: a escassez de talentos em áreas como cloud computing, IA e segurança cibernética. A realidade é que, na maioria dos casos, não é viável ter todas essas competências dentro da organização.
Diante desse cenário, é fundamental adotar uma abordagem baseada em colaboração, ecossistemas abertos e serviços gerenciados. Além disso, é preciso antecipar discussões sobre capacitação, principalmente no campo da programação. Mas qual é o caminho ideal para preencher essas lacunas?
A importância da educação em código seguro desde o início
Um dos maiores desafios na segurança cibernética começa na formação dos desenvolvedores. Muitas vezes, profissionais aprendem a programar sem considerar a segurança desde o primeiro momento. Isso cria um ciclo problemático, no qual más práticas são adquiridas e só corrigidas anos depois.
A solução? Ensinar código seguro desde o início. Aprender a programar deve ser sinônimo de aprender a programar com segurança. Não deve ser um processo em duas etapas – primeiro aprendendo a codar* e só depois aprendendo a evitar vulnerabilidades.
A indústria deve incentivar instituições de ensino, desde o ensino fundamental até as universidades, a incorporarem práticas seguras de desenvolvimento nos currículos de programação. Com isso, o mercado de trabalho se beneficia com profissionais já preparados para os desafios da segurança digital.
*programar!
Segurança cibernética: um setor amplo e de difícil contratação
O termo “cibersegurança” pode ser um obstáculo na busca por talentos. Afinal, essa é uma área ampla que engloba especializações distintas, como:
- Segurança na nuvem (Cloud Security)
- Segurança de aplicações (Application Security)
- Segurança de redes (Network Security)
Cada uma dessas frentes exige conjuntos de habilidades completamente diferentes, o que torna desafiador encontrar profissionais que dominem todas elas. Além disso, a alta demanda e os custos elevados tornam o recrutamento ainda mais difícil.
Muitas empresas caem na armadilha de buscar apenas especialistas altamente qualificados ou com mestrados e anos de experiência. No entanto, essa abordagem pode resultar em paralisia na contratação, dificultando ainda mais a composição de um time eficiente.
Contratação estratégica: o equilíbrio entre experiência e potencial
Se sua empresa já conta com profissionais de segurança experientes e gestores qualificados, uma alternativa inteligente é buscar talentos que demonstrem paixão e disposição para aprender.
Como identificar esses talentos? Aqui estão algumas diretrizes:
✅ Pessoas que participam de conferências de segurança
✅ Profissionais que obtêm certificações aplicáveis
✅ Candidatos que fazem boas perguntas e demonstram capacidade de resolver problemas
✅ Colaboradores internos que já identificaram problemas de segurança nos produtos ou serviços da empresa
Ter uma equipe equilibrada, com especialistas e novos talentos, permite que os mais experientes atuem como mentores e desenvolvam os novatos. Dessa forma, você reduz o tempo gasto procurando apenas perfis ultraespecializados e cria um pipeline de profissionais capacitados internamente.
Uma abordagem proativa para preencher lacunas de tecnologia
Apostar em formação desde cedo, contratação estratégica e colaboração é essencial para enfrentar desafios – ao invés de esperar pelo candidato perfeito, crie um ambiente que favoreça o crescimento e a especialização contínua.
Esse será o diferencial da sua empresa!