Chegamos a um ponto de virada na evolução do MFT: a IA chegou e já passou a ser parte integrante da operação, transformando a forma como os sistemas movem, transformam e protegem arquivos — de maneira mais eficiente, inteligente e resiliente.
De sistemas baseados em regras à inteligência adaptativa
Historicamente, o MFT se baseava em regras: mover arquivos com segurança entre sistemas, em horários programados ou quando acionado por um gatilho.
Com o tempo, essas operações evoluíram com automação para a configuração e roteamento de fluxos, o monitoramento de segurança e a otimização de desempenho.
Agora, com a chegada da IA, damos o próximo passo: de sistemas automatizados para sistemas autônomos — que entendem, aprendem e agem de forma proativa com base nas condições dos fluxos, usuários e do ambiente.
O que muda com a IA?
A IA está tornando o MFT mais eficiente, inteligente e adaptável. Ela traz soluções autônomas que se ajustam às necessidades em tempo real, ajudando nas experiências de usuário (mais adaptativas e responsivas), além dos mecanismos de autocorreção (self-healing) para manter as operações resilientes.
Essas capacidades são fundamentais para empresas que enfrentam disrupções na cadeia de suprimentos, mudanças regulatórias e ameaças cibernéticas.
Agentes de IA: o futuro do MFT
Os agentes de IA estão chegando para replicar decisões humanas e aumentar a capacidade analítica dos sistemas MFT. Alguns exemplos práticos:
- Roteamento inteligente de fluxos, com escolha dinâmica do caminho mais seguro e eficiente para cada transferência.
- Análises conversacionais, onde o usuário pode perguntar: “Qual o status da transferência para o parceiro X?” e receber a resposta, com possibilidade de tomar ações ali mesmo.
- Classificação de conteúdo por IA, fortalecendo estratégias de segurança baseadas em identidade, acesso por função (RBAC) e Zero Trust.
O que vem pela frente: desafios e oportunidades
Claro, essa transformação traz desafios importantes, como a garantia da privacidade dos dados, o cumprimento de normas de conformidade e a proteção da propriedade intelectual. Além disso, é fundamental estabelecer uma necessidade de governança robusta, assegurando que a inteligência artificial opere de forma segura e em estrita conformidade com as regulamentações.
O potencial de inovação é enorme, mas a IA só entrega valor se tiver acesso ao dado certo, na hora certa, com as permissões corretas.
Veja alguns exemplos reais de IA aplicada ao MFT (já em produção ou desenvolvimento pela Axway):
- Opções de self-service para configuração e resolução de problemas;
- Fluxos auto corrigíveis (self-healing);
- Priorização de cargas com base em insights;
- Detecção e correção de drift de configuração;
- Monitoramento preditivo com ações automatizadas.
Autores:
Chandu Manda
CTO de campo – Solução Axway MFT
Jonathan Cohen
Escritor com mais de 30 anos de experiência em tecnologia