EDI não é coisa do passado: o que está desatualizado é a forma como gerenciamos nosso ecossistema de parceiros

O EDI tem sido a espinha dorsal do comércio global há décadas.

Confiável, padronizado e essencial para incontáveis cadeias de suprimentos, ele permanece como uma tecnologia sólida. Mas, enquanto o formato se mantém estável, o mundo ao seu redor mudou — e muito.

O EDI evoluiu. Os desafios também.

Mesmo maduro e consolidado, o cenário de integração B2B segue dinâmico e desafiador.

Volume e uso em alta

As empresas processam mais documentos EDI do que nunca, com casos de uso cada vez mais diversificados.

Complexidade crescente

Novos padrões, fluxos baseados em API e modelos híbridos de mensageria estão virando norma.

Compliance rigoroso

Mandatos como o DSCSA nos EUA e regulamentações de e-invoicing na Europa tornam os fluxos B2B mais regulados e sensíveis ao tempo.

Segurança em foco

Expiração acelerada de credenciais e evolução constante dos padrões criptográficos.

Impactos geopolíticos

Tarifas e incertezas no comércio global aumentam a demanda por ecossistemas de parceiros ágeis e reconfiguráveis.

Resultado: nunca foi tão difícil manter uma rede B2B segura e escalável.

Gestão de credenciais: o gargalo da segurança

Hoje, integrar parceiros B2B é um processo intensivo em segurança — e a gestão do ciclo de vida de credenciais é um dos maiores pontos de fricção.

Certificados que antes duravam 5 anos agora expiram em 12 meses ou menos. As políticas de senha mais rígidas exigem trocas frequentes. E quando a última credencial é atualizada, as primeiras já estão vencendo novamente. Um único descuido pode derrubar uma conexão de produção.

Criptografia avança, mas nem todos acompanham

Protocolos como TLS 1.0 e 1.1 ficaram para trás, o TLS 1.2 é o padrão atual, e o TLS 1.3 já ganha força. Mas a segurança de hoje pode não resistir a ataques impulsionados por IA ou ao futuro da computação quântica.

Padrões como BDEW e eDelivery já exigem cifras mais robustas, incluindo ECC (Elliptic Curve Cryptography) e curvas Brainpool. Porém, basta um parceiro operando com tecnologia ultrapassada para expor dados e comprometer operações.

Segurança, portanto, não é só tecnologia — é estratégia de relacionamento com parceiros.

Recursos já existem, mas uso ainda é baixo

Muitos dos desafios atuais poderiam ser resolvidos com funcionalidades já disponíveis em protocolos de mercado, como a troca automática de certificados via:

AS2 CEM (Certificate Exchange Messaging)
AS4 CEM
OFTP CE

Apesar disso, poucos fornecedores implementam esses recursos e menos ainda têm comunidades de parceiros que realmente os utilizem.

Hoje, por exemplo, a Axway está liderando um projeto global para mudar esse cenário, começando com AS2, e depois expandindo para OFTP e AS4.

Com sua solução Axway B2Bi, os líderes B2B podem usar API completa para automatizar tarefas de credenciais em larga escala. Além de integrar IDPs externos no WebTrader e SFTP, reduzindo a necessidade de gerenciar usuários dentro da plataforma. Assim, é possível automatizar onde faz sentido e delegar a gestão de identidades sempre que possível.

Repensando o papel das VANs

As Value Added Networks (VANs) existem há décadas e antecedem a internet. Muitos ainda as vêem como “legado”, mas essa visão já está ultrapassada.

As VANs modernas oferecem:

Mediação de protocolos: cada parceiro usa o protocolo que quiser; a VAN faz a tradução e o roteamento.
Simplificação de credenciais: apenas um certificado e senha por parceiro.
Self-service e APIs: configuração de parceiros sob demanda, relatórios em tempo real e integração programática.

Em um cenário onde conexões diretas seguras são difíceis de escalar, as VANs podem ser a ponte que simplifica sem perder controle.

B2B é mais do que dados — é confiança

O EDI não está quebrado. O problema é que a forma como gerenciamos nossos ecossistemas não acompanhou a complexidade atual.

A missão de players como a Axway é ajudar empresas a saírem de ecossistemas frágeis e trabalhosos para redes modernas, seguras e eficientes — com mais automação, padrões compartilhados e flexibilidade de implantação, elevando o nível de confiança entre parceiros.