Como será que o MFT se aplica a empresas de diferentes tamanhos e setores? Esse questionamento é comum ao segmentarmos o mercado em pequenas, médias e grandes empresas, assumindo que cada uma possui necessidades claras e distintas.
Mas MFT não segue essa lógica!
Ele sustenta operações críticas de TI e de negócio, independentemente do porte da empresa. Por isso, ao analisar o MFT, não podemos pensar no tamanho da organização, mas sim na complexidade das suas exigências operacionais . Pequenas e médias empresas podem (e frequentemente possuem) requisitos de nível enterprise.
Quais empresas dependem de transferência de arquivos?
Em quase duas décadas trabalhando com MFT, Chris Payne, Gerente de Marketing de Produtos e Soluções da Axway MFT, afirma que nunca viu um cenário em que o uptime do MFT fosse irrelevante — ou em que os arquivos transferidos não fossem sensíveis.
Na Axway, o time entende que a dependência é em escala global:
- 6,5 milhões de veículos produzidos por ano em linhas de produção que dependem de MFT
- 47.000 voos por dia usando MFT para reservas e comunicação
- US$ 700 trilhões em pagamentos anuais movidos por arquivos via MFT
- Portões eletrônicos de passaporte automatizados por MFT em aeroportos
Ou seja, MFT é infraestrutura crítica.
Mas, por que resiliência importa?
Resiliência vai muito além de “o sistema está no ar”. Ela impacta receita, competitividade, reputação de marca e relação com parceiros, confiança do mercado e até o preço das ações.
Pense em algo simples: você tenta reservar uma viagem num site, mas ele está lento ou fora do ar. O que você faz ? Vai para o concorrente.
O impacto da falha não é só operacional — é estratégico, financeiro e reputacional.
Para os clientes, a interrupção gera frustração, perda de produtividade e, em casos extremos (como falhas em portões de passaporte), não há alternativa além de processos manuais e filas intermináveis.
Quais opções de resiliência existem em MFT?
A boa notícia é que existem várias. MFT sempre foi tratado como crítico e, por isso, evoluiu com diversas estratégias de resiliência.
1. Alta disponibilidade no nível da aplicação
A abordagem tradicional: clusters active-active ou active-passive, com múltiplos servidores. Ainda é a mais usada, mas exige atenção a fatores como custo de múltiplas licenças, risco de estarem no mesmo data center/região (ponto único de falha), e dependências externas, como bancos de dados consumindo memória e impactando o desempenho do MFT.
2. Cloud e hypervisors (AWS, etc.)
A opção moderna: usar a resiliência da própria infraestrutura. Exemplo: hospedar instâncias em diferentes regiões da AWS.
Além disso, plataformas oferecem cold sites prontos para ativação em emergências. Mas atenção: é preciso equilibrar RPO (quanto de dado posso perder?) e RTO (quanto tempo posso ficar fora do ar?), ambos impactam decisões de backup, investimento e SLAs.
3. Containerização
Comum em ambientes cloud-native, os benefícios incluem instâncias leves e rápidas de MFT, deploy e destruição em minutos – o que é ideal para reduzir custos de instâncias ociosas ou cold sites. Mas requer disciplina: o container image precisa estar sempre atualizado, ou você acabará replicando versões vulneráveis/incompatíveis.
Resiliência não é só disponibilidade
Muitos confundem resiliência com “sistema no ar”. Mas os benefícios vão muito além:
- Patching e upgrades sem downtime
Se atualizar não derruba o sistema, as empresas aplicam patches com mais frequência, reduzindo exposição a vulnerabilidades.
- Aumento de capacidade e throughput
Várias instâncias trabalhando juntas requerem mais velocidade. Do ponto de vista do cliente, lentidão é tão ruim quanto indisponibilidade.
- Isolamento de falhas
Um nó falha, outro assume. Sem impacto ao negócio.
O que a liderança precisa entender sobre resiliência em MFT
Resiliência em MFT não é um luxo técnico, é continuidade de resultados de negócio. Quando a plataforma resiste a falhas, atualizações e mudanças sem perder transferências, seu negócio protege receita e mantém a conformidade fortalecida.
Seus parceiros mantêm confiança e o TI sai do modo “apagar incêndios” e foca em inovação. Em larga escala, algumas horas de interrupção podem resultar em:
- Pedidos perdidos
- Voos atrasados
- Pagamentos bloqueados
- Clientes perdidos
Trate MFT como o que ele realmente é
MFT é a espinha dorsal silenciosa de processos críticos. Sua resiliência protege promessas feitas a clientes, parceiros e reguladores. Todos os dias! Mesmo quando ninguém percebe que ele está lá — é exatamente isso que prova seu valor.
Autor: Chris Payne
Gerente Principal de Marketing de Produtos e Soluções da Axway MFT